quarta-feira, 29 de abril de 2009

elogio rasgado - não consigo me conter.


mágica
força
beleza

hoje vi um guerreiro dançar.
o Balé Popular do Recife fez a minha alma saltar.

aplausos incessantes... eternos ... para um elenco explosivo diante de um Rio de Janeiro boquiaberto.
cores, movimentos e suor..
muito suor.

bailarinos que antes do espetáculos eram só bailarinos viraram gigantes em cena.
Por trás de tudo, um gênio.
André Madureira, que se acha normal.
Um homem normal que se inspirou nos desenhos de um caleidoscópio para criar a coreografia do guerreiro...
muito simples... será que qualquer um poderia ter essa ideia?
O espetáculo é um grande susto onde vc perde o fôlego na primeira coreografia e só recupera no aplauso final.

André é um gênio incontestável que conseguiu traduzir a dança popular para o palco, como nunca ninguém havia conseguido.
Um pai carinhoso que conquista as pessoas com o seu jeito sereno e humilde.
Um poço de criatividade e cordialidade.

Pernambuco é um estado que dança e o balé é o retrato do orgulho desse lugar.

Viva André Madureira!
Vida longa ao Balé Popular do Recife!

sábado, 25 de abril de 2009

por dentro da cultura

Rapaz, faz tempo que só a gota que não ando por aqui!!!!!!!!!
acho que até já caí no esquecimento dos meus cinco milhões de leitores.
mas, para a alegria de todos, voltei e espero aparecer com mais frequencia (sem tremaaaaaaaaaaaaa!!!! que agoniaaaaaa!!!!!!!).
então, vamos ao que interessa.

Eu, na companhia da minha própria cabecinha sabida, desenvolvi dentro da ESCOLA INTERNACIONAL DE ALDEIA (que por coincidência é onde a minha filha estuda) um projeto chamado "por dentro da cultura".
o projeto é o seguinte: os alunos estudam, em sala de aula, durante um mês, um artista relevante para a cultura pernambucana. Cada turma desenvolve atividades de acordo com a sua faixa etária. Na última sexta-feira do mês esse artista visita a escola e encontra os alunos para um bate-papo e, lógico, para mostrar um pouco da sua arte.

o resultado tem sido o melhor possível. já foram lá:
Quinteto Violado
Maracatu Nação Pernambuco
Balé Cultural de Pernambuco
Sônia Freyre (filha de Gilberto Freyre)
Fábio Caio
Orquestra Spokfrevo
Balé Popular do Recife
Fim de Feira
Jessier Quirino
Carlos Reis
Silvério Pessoa

é claro que esses momentos renderam historinhas...

O quinteto tinha acabado de tocar na EIA e foi almoçar em um restaurante de lá de aldeia.
na mesa vizinha tinha uma família com uma criancinha de três anos de idade que solta a pérola:
-"Mamãe, esses daí são do Quinteto Violado e aquele é Marcelo e ele toca microfone!"

Quando Jessier foi lá e viu a multidão de criança - ou, como ele diria, "a ruma de mininu" (uns setecentos), arregalou os olhos e falou:
-"Carlinha, preciso de um lugar reservado pra pensar como é que vou fazer pra contar as minhas histórias sem palavrão!!!"

Pra Spok foi feita uma perguntinha que ele realmente não esperava ouvir:
"- Spok, eu aprendi que o seu nome é Inaldo e que o apelido surgiu porque vc imitava o Dr. Spok e mexia as orelhas. Vc pode mexer elas pra gente?"

Com o Fim de feira aconteceu um fenômeno diferente. Bruno, o vocalista, exerceu um poder hipnótico sobre as crianças e elas reagiram como nunca e partiram para querer tocá-lo. parecia Roberto Carlos distribuindo rosas... até hj só aconteceu isso com eles lá na escola.
Apelidei-o carinhosamente de Xuxa.

o dom de manipular bonecos foi mostrado por Fábio Caio e, quando acabou a apresentação dele, uma garotinha pegou a mão dele e ficou olhando fixamente. daí passou a alisar, cheirar, beijar... Fábio não importava pra ela. Ela não olhava pra ele, nem queria falar com ele. Estava apaixonada pela alma dos bonecos...
Claro que não tive como não ficar com os olhos marejados. Ele nem se fala.
Isso é o que eu chamo de reconhecimento do público!

Não tenho dúvida que muitas outras histórias irão aparecer ao longo desse ano, que está apenas começando.

estarei por aqui contando elas pra vcs, tá?